Recordes de migração para o Mercado Livre de Energia

Estima-se que aproximadamente 880 empresas migrarão para o Mercado Livre de Energia nos próximos seis meses. Grandes consumidores, como fábricas e shoppings, compõem o grupo de empresas que podem passar a escolher seus fornecedores de luz e acertar o preço por meio de negociação.

Atualmente cerca de 1.930 empresas já aderiram ao Mercado Livre de Energia. Com as empresas que já estão em processo de migração, haverá um aumento de 45% no número de clientes do Mercado Livre.

Segundo o presidente do Conselho da CCEE, Rui Altieri Silva, essa é uma migração recorde. Ele afirmou que esse processo “começou no último trimestre de 2015 e acentuou-¬se bastante neste começo de ano”. Essa mudança tem como principal motivo a significativa diferença nos preços do Mercado Livre e Cativo.

Os contratos estabelecidos entre fornecedores de energia e clientes são negociáveis, mas giram em torno dos R$ 65 por MWh, e sobre esse valor ainda se somam cerca de 20% pela distribuição e impostos. Segundo dados da ANEEL, o valor médio do MWh nas distribuidoras era de R$ 390 em dezembro.

A recessão derrubou a demanda dos grandes consumidores no Mercado Livre de Energia, criando uma sobreoferta de energia e derrubando os preços. Por conta disso, temos hoje a maior diferença da história entre os custos nos dois mercados, segundo a diretora do Centro de Regulação em Infraestrutura da FGV, Joísa Dutra.