Porque migrar para o Mercado Livre de Energia

Mercado Livre de Energia - 18/01/2016

Prime Energy
Research

Buscando melhores preços e uma maior previsibilidade nos negócios, pequenas e médias empresas – como indústrias, shopping centers, hospitais e universidades – estão migrando para o chamado Mercado Livre de Energia.

Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), cerca de 700 consumidores industriais e comerciais estão no processo de migração, e isso implica um aumento de quase 40% na base de clientes que já atuam nesse segmento.

O ambiente livre é responsável hoje por cerca de 25% do consumo nacional de energia, e nele o cliente pode negociar diretamente o preço do kW/h com os fornecedores, que já somam mais de mil empresas no País.

Esse mercado não está aberto a clientes residenciais ou a pequenos comerciantes. Para ter acesso a ele é necessário consumir ao menos 500 kW, o que faz dessa empresa um consumidor especial. Pelos cálculos da Abraceel, há cerca de 14 mil consumidores que preenchem atualmente os requisitos que lhes possibilitam a migração para esse mercado.

O principal motivo da recente revoada são os preços mais baixos. Com a esticada de mais de 50% nas tarifas de energia elétrica neste ano, por conta do desrepresamento dos preços, muitos consumidores têm visto o mercado livre como opção de redução de custos e de melhora da previsibilidade orçamentária, uma vez que a maior parte dos contratos negociados (58%) tem prazo igual ou superior a quatro anos.

Na direção inversa das tarifas das distribuidoras, que não param de subir, as cotações dos contratos de quatro anos estão 22% mais baratas do que os preços vigentes no mesmo período de 2014.

Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), lembra que a redução da burocracia também estimulou esse movimento. Uma resolução da ANEEL, que entra em vigor em fevereiro, desobriga as empresas novas no mercado livre de comprar medidor especial, cujo preço pode chegar a R$ 30 mil.

Para realizar a migração, explica Altieri, é necessário que a empresa preencha os requisitos, cheque as questões contratuais com a distribuidora que a abastece e avise com antecedência a saída do mercado regulado. O processo de registro no cadastro obrigatório na CCEE dura aproximadamente dois meses. Atualmente existem por volta de 330 processos de adesão de consumidores livres e especiais em andamento.

 

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