Mercado Livre de Energia fica mais atraente com as altas de tarifas

Mercado Livre de Energia - 11/12/2015

Prime Energy
Research

As grandes variações no preço das tarifas de energia em 2015 – que passaram dos 50% de aumento em São Paulo e em Minas Gerais – estão levando consumidores industriais e comerciais a migrar do Mercado Cativo para o Mercado Livre de Energia, em busca de preços mais baixos. A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) aponta que cerca de 700 empresas estão em processo de migração, o que vai significar um aumento de 40% no volume de energia comercializada no ambiente livre. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), há sinalização de 329 processos para migração dos consumidores livres e especiais e, destes, 266 estão previstos para serem efetuados no primeiro trimestre de 2016.

Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontam que em 2014 o consumo de energia elétrica pelos participantes do Mercado Livre de Energia totalizou 119,5 mil gigawatts-hora (GWh) – aproximadamente 25% do mercado total de energia no Brasil. De acordo com a Abraceel, algo em torno de 14 mil consumidores estão em condições legais de migrar para o ambiente livre, o que pode elevar a participação desse mercado para 46%. Segundo cálculos das comercializadoras de energia, a diferença de preços do Mercado Livre de Energia para o Mercado Cativo é de pelo menos 15%, oscilando conforme os setores de consumo e podendo chegar a mais de 20%.

Outro estímulo à migração foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Trata-se de um novo regulamento da autarquia que tira a obrigatoriedade dos novos consumidores de adquirir um medidor específico para este fim, gerando uma economia de cerca de R$ 30 mil. Mais um dos benefícios do Mercado Livre está também na previsibilidade do custo mensal de energia.

Graças ao realismo tarifário aplicado em 2015, tivemos o reajuste extraordinário e a aplicação das bandeiras tarifárias. Com isso, as empresas começaram a sentir o impacto do aumento do custo da energia. A migração é um movimento de longo prazo que seguirá sendo estimulado devido às maiores tarifas no Mercado Cativo e às soluções mais atrativas do Mercado Livre. Os preços variam de acordo com as distribuidoras e o perfil do consumidor, mas ficam na ordem de 15% a 20% mais baratos no Mercado Livre de Energia.