Mercado Livre cresce no primeiro semestre de 2022 enquanto setor aguarda avanços na legislação

Geral - 04/10/2022

Prime Energy
Prime Energy

Segundo dados da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), o País alcançou no primeiro semestre a marca de 28.926 unidades consumidoras no mercado livre, um aumento de 2.197 novos clientes. Com isso, mesmo representando apenas 0,03% dos consumidores, o MLE (Mercado Livre de Energia) passou a ser responsável por 38% da energia elétrica consumida no País e se prepara para romper a barreira dos 25 GW médios. Atualmente, 88% do consumo industrial de energia no País é atendido pelo MLE, número que se mantém estável há alguns meses.

No ambiente de contratação livre, registrou-se, confirmando a tendência de crescimento, um aumento de 19% nos últimos 12 meses. Do total de unidades consumidoras no mercado livre de energia atualmente (28.926), 15% migraram nos últimos 12 meses (4.533).

Na análise da entidade, a adesão ao mercado livre ainda não alcançou números mais expressivos devido às restrições para adesão de outros grupos consumidores, em especial aqueles que consomem energia de baixa tensão, como residências e pequenos negócios. A livre escolha de fornecedores é um movimento cristalizado em dezenas de países, mas no Brasil o processo segue moroso.

Ainda segundo dados da Abraceel, as unidades consumidoras que aderiram ao mercado livre registraram até 40% de redução de custos com energia no mês, levando-se em conta a diferença entre a tarifa média das distribuidoras (R$ 280/MWh) e o preço de longo prazo do mercado livre (R$ 169/MWh).

O valor, no entanto, refere-se apenas à energia, sendo necessário também incluir outros custos que compõem a tarifa elétrica, como transmissão, distribuição, encargos e impostos. No cálculo da Abraceel, a tarifa de energia inclui a bandeira tarifária vigente, ao passo que o preço no mercado livre considera o ESS (encargos de serviços ao sistema) e a energia de reserva.