Empresas que buscam economia migram para o Mercado Livre de Energia

Mercado Livre de Energia - 29/04/2021

Prime Energy
Research

A busca de economia durante a pandemia levou ao crescimento do Mercado Livre de Energia. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mais de 1,5 mil agentes e 5,2 mil unidades consumidoras migraram para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) no ano passado.

O setor é o grande responsável pela expansão do parque de geração de energia no País: o estudo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) aponta que, até 2025, 66% da energia produzida no País será destinada exclusivamente para o Mercado Livre e 6% é referente à parcela livre de usinas que também venderam energia no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Isso significa que, dos R$ 142 bilhões de investimentos previstos até 2025 em novas gerações de energia, o Mercado Livre responde por R$ 100 bilhões.

No Mercado Livre de Energia, as empresas têm a liberdade para escolher seus fornecedores e negociar livremente as condições de contratação de energia. Graças a essa liberdade e à redução de custos, 85% do consumo de energia no setor industrial é desse segmento. A migração para o setor, aliada a uma gestão eficiente, pode proporcionar uma economia de até 35% na conta de luz das empresas.

O incentivo ao consumo de energias renováveis é outro ponto forte do Ambiente de Contratação Livre (ACL). Dados da Abraceel mostram que a energia solar e a eólica lideram a expansão da oferta de energia elétrica, representando 76% da geração em construção até 2025.

Infelizmente, o Mercado Livre de Energia ainda não é para todos. Atualmente, somente consumidores que utilizam 500kW podem migrar. Uma maior abertura levaria esses benefícios para cerca de 80 milhões de consumidores de baixa tensão.

As discussões em andamento caminham para essa abertura. Outro estudo da Abraceel aponta que a economia para residências brasileiras pode chegar a 30% na conta de luz se puderem escolher sua fornecedora de energia e a fonte.

No entanto, a ampliação desse mercado depende de pautas importantes que são discutidas há anos, como a modernização do modelo comercial e regulatório do setor elétric